segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Troféu

Eu não entendia, muito mesmo entendia o que ela fazia. Eu o amava, ele o queria como prémio. Ele era o seu brinquedo preferido. Ele era meu amigo.
Ela sempre me olhará com tanta desconfiança como se eu fosse um obstáculo, o obstáculo que estava impedindo ela de conquistar o seu troféu. Um troféu quer seria colocado a mostra, que seria colocado em uma estante de vidro para que todos vissem e admirassem ... o que quererem pra si e ele fosse só dela ... Exclusivamente, unicamente, devotamente.
Eu não concordava, eu sabia que depois ela ia despreza -lo. eu precisava agir, mas eu não sabia como. Eu o conhecia três anos . Tantas vezes eu tivera a oportunidade, mas sempre eu hesitara. Queria que ele mesmo descobrisse isso. Mas a sua atração por ela o cegará,o exilava de mim, e deixava ela mais próxima de mim .
E eu olhava aquilo tudo. Eu olhava para os dois a cada instante daquela aula. Meus olhos falavam por mim, mas os deles não falavam o mesmo idioma que os meus, eles não se entendiam, era uma mistura de palavras sem sentido ... Minha boca nunca me movia.
O olhar dela sabia da minha agonia, o olhar dela entendia o meu olhar.

Era a alegria dela. E eu sentia que cada vez mais um punhal se gravará mais e mais em meu coração, se é que ainda podia dizer que tinha.
Ela estava com o meu e o coração deli em mãos.
Ele era meu Best e eu morreria por ele.

sábado, 28 de agosto de 2010

Obrigada

Não poderia deixar de  agradecer a todos. Todos que ouvirão as minhas idéias. Todos em que um simples gesto me incentivaram. Todos que acreditaram.

Idéias são sonhos incentivados. Idéias realizadas são o resultado de que somente sonhar não vale a pena, você que contar seus sonhos.

Em especial a Luana. Dessa e Sthéfane.

O Sol

Ela se agarrara compulsivamente a qualquer coisa que lhe representasse esperança. Ela se iludia até com o olhar que não lhe era direcionado. Ela achara que a força de seus pensamentos primitivos o faria nota-lá. Ela desejara que sua beleza, pelo menos por um instante o fascinaria. Ela era Ana Kleiny.
Da porta de sua sala, seu olhar se direcionara somente a aquele corpo alto, de pele clara, mas que haverá recebido um bronzeado estonteante, e o olhar daquele corpo era irresditivelmente sedutor, seus cabelos negros, agora curtos, o fizera um Oásis em pleno deserto de sol latejante.
Mas repentinamente,  aquele olhar se voltara para aquela porta em que ela o  olhara solitária, numa tentativa em vão de se distanciar daquela sala barulhenta. Mas em milésimos de segundos, um pânico a acometerá, ela saíra daquela porta desesperadamente como se tivesse fugindo de uma bala que lhe perfuraria o coração.
Eram seus olhares que se cruzavam.
Ela se encontrará como aqueles antigos indígenas, que achavam que uma fotografia lhes roubaria a alma, mas em seu caso, aquele olhar terminara de roubar a alma que há muito tempo não lhe pertencia.
       _Ane, Ane...  Você está bem? O que houve? ... Ane...  Ane...   – Era Nathalie, tentando tirar seus olhos do infinito.
 _David... – Ane murmurou sem prestar atenção direito à pergunta.
Ana e Nathalie eram  amigas de infância, e sempre partilhavam as mesmas emoções. Esse caso não seria uma exceção, Nathalie sentia o mesmo que Ana, mas preferiria deixar essa sua obsessão em segredo.
David não entenderá muito ao certo que acabará de acontecer, e também não tivera oportunidade. Pois, naquela escola ele era como o sol, e as outras centenas de alunos eram  os planetas que almejavam, sua luz.
    _David! – Uma acabará de grita-lo. E depois outros repetiam a mesma frase.
Ana não conseguirá mais prestar a atenção na aula, e por mais q Nathalie insistisse, ela ficará o recreio inteiro na sala, solitária... Precisará de um tempo a sós com seus pensamentos: “Ane, sua estúpida... você não serve nem para se bronzear ao sol para acabar com ela palidez? Por que ainda teima em deixar seus cachos à mostra? Bem que você precisava de uma escova... E porque não passou uma maquiagem para disfarçar as olheiras que ganhara de presentes das noites que não dormirá que ficará sonhando acordada a noite inteira, com o seu David? Ele era o sol e como ele ia te iluminar se você se escondia nas sombras.
Seus pensamentos eram seus piores algozes.
David, mesmo com toda aquela perturbação, não se esquecerá do semblante que virá. Esse semblante não lhe era estranho. Logicamente que não. A via todos os outros dias letivos. Mas naquele dia aquele corpo pequeno, pálido, que tantas vezes vira o atrairá de uma forma espontânea, de uma forma legitima, seu cabelo ondulado escuro fazia uma combinação com seus olhos castanhos, tão medrosos, mas igualmente destemidos.
Neste momento no corredor vira Nathalie, com quem tinha conversado poucas vezes pelo MSN. Ela era bonita. E isso era um fato.  Seus cabelos longos ruivos combinavam com sua pele levemente bronzeada, que disfarçava  as sardas. Talvez até mais bonita que a garota que o olhara não fascinada . Mas para David, Nathalie não o interessava não no momento.  Naquele momento, ela era somente o caminho que levaria um viajante curioso a uma cidade desconhecida. Mas nesse caminho haverá bifurcações.
Neste ímpeto de coragem, David correra até o outro corredor onde Nathalie se encontrara. Logo perguntara:
    _Quem é aquela garota, que estava na porta de sua sala?
Nathalie levará um susto. Fizera um longo silêncio. Não acreditava que ouvira aquilo. Não seria possível. Ane... Logo Ane... Aquela que era tão sua amiga, mas se agora a nutria um sentimento de inveja, de puro ódio.
  _ Ela... Ela... David... Ela é Ane... Ela ser tímida... Nem vai querer ver te ver... Ela não precisa de você... E ...  e
_ Sim, e?
_ E esqueça-a, ela não valerá a pena , ela não te ...
David não ouvira mais, já a dera as costas. Nathalie era o caminho com bifurcações, agora ele tinha que resolver que rumo levar. Mas não escolhera, algo o atrairá fortemente, algo o levava para aquela sala, e mesmo ouvindo as preces de Nathalie não hesitaria, seguirá firme, apressadamente, como se ele fosse um imã e seu pólo oposto o necessitava, o  suplicava ...
A porta se abrira.
Nathalie sentirá que aquela seria sua ultima oportunidade de parar David, dera um salto na tentativa de agarrá-lo de qualquer forma. David já não era mais palpável. Nathalie agora se encontrara caída sobre aquele chão empoeirado onde o suor de seu corpo e suas lágrimas se misturavam com a poeira. Restara só um esqueleto em um estado deplorável, não tinha nem mais forças para se levantar... Nem sua voz desejava sair. Era o fim do Caminho.
Ane se desligara do mundo. Ficará ali no canto da sala exilada de tudo, enquanto os outros alunos estavam na educação física. Ela também não era boa em esportes. O sinal tocara e em um ímpeto levantara a cabeça e vira o seu Oásis. Ela David que surgirá feito o sol se acabará de nascer, ele estava lá parado na porta a olhando como ela sempre o fazia... Era como se um feixe de luz invadisse uma caverna gélida e alagada lhe mostrando a saída.
Ela se levantou em um gesto automático, queria chegar mais perto para ter certeza que aquilo não era mais uma de suas alucinações, não era.
David era o imã que não resistira ao magnetismo de seu pólo oposto, Ane, e de imediato a abraçou fortemente. Um a abraço sentindo, que não dizia nada, mas explicará tudo.
Não houve palavras nos minutos seguintes, só se abraçaram e se olharam.
Ele era o Sol. Nathalie o caminho, os demais os planetas e Ane era a lua. Diferentes de todos. Ane era única. Ela não necessitava do sol, mas o sol necessitava dela para iluminar a noite, para iluminar os planetas, para lhe mostrarem o caminho. Pois à noite somente o brilho da lua que o sol lhe dera, mostrara o caminho correto.
E sue lábios se tocaram. Suas almas, pensamentos e ações se tornaram só um, em uma perfeita harmonia.
Era uma tarde perfeita, o Sol quase já se porra, e a lua, já se mostrava timidamente.
Eles saíram daquela sala juntos, passaram por aquela porta, passaram por todos. Todos foram iluminados, mesmo onde era dia e onde era noite.